FCPA: Como começou a fotografar?

Chiarini Júnior: Comecei a fotografar para registrar as atividades da Igreja a qual pertenço, mas, no final de 2012, encontrei um curso bem completo sobre fotografia, estudei e decidi mudar minha profissão. Entre os vários motivos que me impulsionaram a encarar a fotografia como profissão, devo destacar o amor da minha esposa por fotos, a possibilidade de trabalhar em família e a flexibilidade da agenda (que depende exclusivamente de mim).

FCPA: O que prefere fotografar?

Chiarini Júnior: Como profissional, tenho atuado na área de família, principalmente em casamentos e aniversários, mas sou apaixonado por fotografia de esportes e por imagens de longa exposição, sobretudo as noturnas.

O esporte é algo que faz parte da minha vida. Pouca gente do meu círculo de amizades atual sabe, mas sempre estive envolvido com esportes no colégio e cheguei até mesmo a fazer parte da equipe de natação oficial do Clube de Regatas do Flamengo, e treinava nas dependências do clube, na Gávia, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Quanto à fotografia noturna, é algo que sempre nos surpreende, pois muitas vezes a imagem da câmera nos revela detalhes e misturas de cores que fogem aos nossos olhos.

FCPA: O que mais o atrai na fotografia? Há um estilo que mais o agrada?

Chiarini Júnior: O que mais me agrada na fotografia é a possibilidade de eternizar momentos e de guardar recordações. Mas também acho muito importante a possibilidade artística da criação… usar a criatividade, fazer experiências, tentar algo diferente.

FCPA: O trabalho de algum fotógrafo o inspira?

Chiarini Júnior: Na verdade, não me inspiro em ninguém em especial. Gosto dos fotógrafos de conflitos, como Bob Capa e o Clube do Bang Bang, mas não me inspiro em nenhum deles. Adoro as fotografias do Sebastião Salgado, mas também não me são “úteis” nas áreas que eu costumo fotografar. Vejo muitas fotografias na internet, de grupos de fotógrafos, e sempre “copio” alguma idéia de alguém, mas minha inspiração vem das fotos, e não dos fotógrafos. Posso admirar o trabalho de um fotógrafo renomado, mas usar como inspiração uma única foto de um completo desconhecido.

FCPA: Com qual tipo de câmera você costuma fotografar?

Chiarini Júnior: Trabalho com as máquinas da Nikon. Quando me decidi por começar a fotografar de maneira profissional e precisei comprar equipamento “pesado”, entrei em um site de buscas e descobri uma máquina da Nikon que aparentemente seria uma boa máquina para começar a trabalhar e que estava com um preço “razoável”… então foi assim. Comprei minha primeira Nikon D3200 e depois apenas comprei mais equipamentos Nikon. Fiz muitos trabalhos com uma D5200, e hoje estou usando minha D7100. Meu sonho é poder comprar uma D4 e/ou uma D800. Espero em breve realizar este sonho.

FCPA: Você tem preferência por algum tipo de lente?

Chiarini Júnior: Nada supera uma boa 50mm, principalmente a que possuo que é f/1.4. Mas, para casamentos, tenho usado muito minha 24-70mm f/2.8, devido à sua versatilidade. Para as fotos esportistas, uso uma 70-300mm f/4.5-6.5. Para fotos noturnas ou de longa exposição, minha preferida é uma 28mm f/2.8. Mas tenho uma outra lente de que gosto muito para fotografias autorais e registros pessoais, que é uma lente de plástico fabricada pela Olga de 60mm f/8, que me dá um foco suave e aspecto de foto analógica pelo qual sou apaixonado.

FCPA: Que desafio o material publicado no portfólio do mês do Foto Clube trouxe para você durante a execução?

Chiarini Júnior: O maior desafio foi encontrar lugares que pudessem transmitir uma imagem noturna completamente diferente daquilo que estamos acostumados a ver durante o dia. Queria encontrar imagens noturnas que pudessem chamar a atenção para este mundo “desconhecido” que fica diante de nossos olhos todos os dias, mas que muitas vezes não nos damos conta.